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Pinoquio 1940 - Pôster Nacional
Pinóquio
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Se procura pelo personagem, veja: Pinóquio (personagem)

Pinóquio (Pinocchio no original) é o segundo filme do catálogo de filmes animados da Disney. Foi produzido pela Buena Vista Distribution e foi originalmente lançado nos cinemas pela RKO Radio Pictures em 7 de fevereiro de 1940, e no dia 26 de Fevereiro de 1940 no Brasil. O filme foi relançado nos cinemas em 1945, 1954, 1962, 1971, 1978, 1984 e 1992. Pinóquio foi feito em resposta ao enorme sucesso mundial de Branca de Neve e os Sete Anões. Baseado no livro Pinóquio de Carlo Collodi, o filme é estrelado por um grilo que se torna a consciência de uma marionete de madeira - trazido à vida por uma fada - enquanto enfrentam os desafios e os perigos de um mundo sombrio e hostil de criminosos, vilões e monstros.

Apesar de Branca de Neve e os Sete Anões ser geralmente considerado como a contribuição mais significativa de Walt Disney para o cinema, Pinóquio é considerado sua maior realização e representante do estúdio Disney, no auge da sua era de ouro, bem como uma das maiores realizações na animação. Apesar de ser um dos mais aclamados de todos os longas de animação da Disney e ser considerado um dos melhores filmes de animação de todos os tempos, Pinóquio nunca foi tão bem sucedido comercialmente, talvez como resultado de sua atmosfera sombria e várias sequências intensas e assustadoras. Em seu primeiro lançamento, a Disney só recuperou cerca de metade do seu orçamento de US$2,6 milhões em 1950.

O plano para o filme original foi consideravelmente diferente do que foi lançado. Vários personagens e pontos da trama, muitos dos quais vieram da estória original, foram utilizados nos primeiros rascunhos. Walt Disney ficou descontente com o trabalho que estava sendo feito e pediu a suspensão no meio do projeto em produção, de modo que o conceito poderia ser repensado e os personagens redesenhados. Foi nesta fase que o personagem do grilo foi ampliado. Grilo Falante (dublado por Cliff Edwards no original e por Ênio Santos no Brasil) tornou-se o centro da história.

A canção A Estrela Azul se tornou um grande sucesso e ainda é identificada com o filme, e mais tarde como uma fanfarra para Walt Disney Studios. Pinóquio também ganhou o Oscar de Melhor Canção Original e o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original. O filme foi considerado "culturalmente significativo" pela Biblioteca do Congresso, e em 1994 foi selecionado para ser preservado no Registro Nacional de Filme estadunidense, e em segundo lugar (atrás apenas de Branca de Neve e os Sete Anões) no Top Dez de filmes animados de todos os tempos do Instituto Americano de Filme em 2008.

Enredo[]

Oficina de Gepeto[]

O filme começa com o Grilo Falante cantando A Estrela Azul enquanto se senta em uma estante, sobre a qual podem ser encontrados diversos clássicos literários, como Peter Pan, Alice no País das Maravilhas e Pinóquio, que é dado um lugar de destaque. O Grilo Falante cumprimenta o público e reconhece que muitos podem não acreditar que desejos, como afirma a canção, podem se tornar realidade e, como prova da mensagem, decide contar a história de Pinóquio. Ele desliza para baixo da estante para o livro de Pinóquio e o abre, começando a sua história em uma pacata Vila à noite, a qual o Grilo afirma por onde estava passando. Neste ponto, o espectador entra na história que o Grilo está contando através de uma ilustração no livro.

O único lugar onde uma luz parece emanar é a Oficina de Gepetto. O Grilo pula para a janela aberta e se espreita para ver um fogo quente em uma sala cheia de brinquedos lindamente esculpidos, relógios, caixas de música e marionetes. Ele entra no quarto e se aquece no fogo. Neste ponto, percebe Pinóquio, neste momento uma simples marionete totalmente esculpida, vestida, mas sem boca, sentado em uma prateleira. Ele salta até ele para um olhar mais atento; quando ele está admirando o boneco, ele ouve alguém chegando. Subindo nas cordas das marionete para se esconder em uma prateleira alta, ele vê Gepeto descendo as escadas com Fígaro para terminar a pintura do boneco. Gepeto cumprimenta Cléo, cujo aquário próximo e, cuidadosamente, pinta um sorriso no rosto do boneco. Tendo concluído a marionete, ele lhe dá o nome de "Pinóquio" e o testa, andando pela oficina, ao som de Este Bonequinho (interpretado por uma das caixas de música). Os sinos dos relógios que cobrem as paredes da oficina indicam que são nove horas, e Gepeto anuncia que é hora de dormir. Após ele, Fígaro e Cléo terem dado o boa-noite a todos, o entalhador vai para a cama, e observa uma Estrela Cadente através da janela. Ele deseja que Pinóquio se torne um menino de verdade, antes de adormecer.

A Fada Azul[]

As tentativas iniciais do Grilo para pegar no sono são impedidas pelos tic-tac's dos relógios e pelo ronco de Gepeto. Depois de finalmente conseguir paz e tranquilidade, ele é acordado por uma luz azul; a Estrela Cadente está brilhando mais forte, e se aproxima da janela; eventualmente, se aproximando da oficina, transforma-se na Fada Azul. Ela se aproxima de Pinóquio e, realizando o desejo de Gepeto, traz a marionete à vida com um toque de sua varinha. Pinóquio está encantado e surpreso com sua habilidade de se mover e falar. A Fada Azul o informa que ele não é um menino de verdade ainda, e tem de provar a si mesmo que é bom, atencioso e generoso para se tornar um menino de verdade, e aprender a diferença entre o certo e o errado. Depois de o Grilo pular para explicar a Pinóquio, a Fada Azul diz que o Grilo será a consciência de Pinóquio e sua, advertindo que Pinóquio sempre deixe sua consciência ser sua guia.

O Grilo tenta explicar o conceito de certo e errado e, embora sem sucesso, Pinóquio diz que quer "fazer direito". O Grilo em seguida, canta Tente um Assobio, e Pinóquio "entra na dança" e cai em um monte de brinquedos por engano. Isso acorda Gepeto, que cautelosamente vasculha o quarto. Ao encontrar Pinóquio se movendo e falando, ele logo pensa que está sonhando, mas acaba se convencendo e se satisfazendo, que seu "filho" esteja vivo. Ligando as caixas de música, Gepeto, Pinóquio, Fígaro e Cléo comemoram. Pinóquio é distraído por uma vela e, sem saber o que é, coloca o seu dedo no fogo; Gepeto entra em pânico e coloca o dedo do menino de madeira no aquário de Cléo. Ele decide que eles deveriam ir dormir antes que mais alguma coisa aconteça.

A Caminho da Escola[]

Na manhã seguinte, a vila está acordada. Os meninos e meninas se apressam para a escola, e Pinóquio excitadamente dá tchau a Gepeto, com um livro e uma maçã para a professora em mãos. Ele é notado por uma raposa e um gato, que, sabendo o valor de um fantoche que se move sem cordas, fazem amizade com ele com a intenção de vendê-lo. A raposa se apresenta como João Honesto e diz a Pinóquio que ele nasceu para ser ator. Ele e Gideão (o gato) o leva pelas ruas, enquanto João Honesto canta Ra-Ta-Ra-La-La (Um Grande Ator Serei). O Grilo, entretanto, está "atrasado para seu primeiro dia", e tenta chamar a atenção de Pinóquio saltando sobre o chapéu da Raposa. Gideão, tentando acertar o grilo, acerta João Honesto na cabeça com um martelo, fazendo com que o chapéu fique sobre seus olhos momentaneamente e que o impediu de ver o que está acontecendo enquanto o gato tenta erguer o chapéu. O Grilo diz a Pinóquio não ceder à tentação, mas é ignorado, e Pinóquio acompanha a raposa e o gato para "ser ator", enquanto o Grilo desesperadamente corre atrás dele.

Stromboli, o Mestre do Teatro[]

João Honesto leva Pinóquio para a Caravana de Stromboli, onde o mestre das marionetes Stromboli compra o menino de madeira e o faz a sua atração principal. Naquela noite, o Grilo vê a partir de um poste de luz como Pinóquio interpreta Não Há Cordões em Mim para o público, e é recebido com aplausos entusiasmados dos espectadores, jogando dinheiro no palco, para o prazer de Stromboli e surpresa do Grilo. Pensando que ele estava errado em tentar parar Pinóquio, o Grilo decide deixar o boneco continuar vivendo sem ele. Gepeto, entretanto, está preocupado que Pinóquio não retornou da escola, e deixa a oficina e vai procurá-lo. Começa a chover. Na caravana de Stromboli, após o espetáculo, o mestre das marionetes felicita Pinóquio por dá-lo muito dinheiro, e diz que ele vai se tornar uma estrela. Encantado, Pinóquio diz para o deixar ir para casa de Gepeto, mas é impedido por Stromboli, que o agarra e o joga em uma gaiola de madeira. Ele diz ao menino de madeira que ele vai mantê-lo lá, tirando-o apenas para os shows. Quando Pinóquio estiver velho demais para entreter o público, Stromboli vai usá-lo para a lenha. Rindo, Stromboli deixa a carruagem, batendo a porta. A caravana começa a se mover, e Pinóquio chora quando ele tenta assobiar para sua consciência.

O Nariz do Engano[]

O Grilo está fora na chuva, assistindo à passagem da caravana. Ele decide desejar boa sorte a Pinóquio e dizer adeus a ele, e fica surpreso ao encontrar Pinóquio trancado ao invés de estar "sentando no trono de luxo". Ele tenta abrir a gaiola, mas não consegue. Ele permanece com Pinóquio e os dois choram. Gepeto passa pela caravana, mas os gritos de Pinóquio não são ouvidos por causa da chuva e do trovão. Quando toda a esperança parece perdida, a Fada Azul aparece no trailer. Ela pergunta a Pinóquio porque ele não foi a escola; o menino de madeira mente, dizendo-lhe que ele e o Grilo foram capturados por monstros. Seu nariz cresce mais a cada mentira que ele conta, até que se tornou um galho de árvore completa, com folhas e um ninho de pássaro. A Fada Azul diz a Pinóquio que uma mentira faz seu nariz crescer. Pinóquio promete ser bom, e diminui o nariz de volta ao tamanho normal. A Fada Azul liberta Pinóquio da gaiola e desaparece, dizendo que esta é a última vez que ela pôde ajuda-lo. O Grilo e o menino de madeira se esgueiram para fora da caravana, que está se movendo.

A Conspiração[]

Enquanto isso, a raposa e o gato estão celebrando na Lagosta Vermelha. Sentado a frente deles está o Cocheiro, que ouve a história de João Honesto e decide chamar sua atenção com um enorme saco de dinheiro, que ele diz pode ser deles, se eles trazerem "meninos burrinhos" para o cruzamento para ele levá-los a Ilha dos Prazeres. Embora João esteja primeiramente com medo de ser pego, o Cocheiro lhe assegura que nenhum dos garotos irá voltar "como meninos". Assim que eles saem da taverna, a raposa e o gato encontram Pinóquio correndo com o Grilo Falante para casa e fingem serem médicos, afirmando que ele está "esgotado" e deve ir para a Ilha dos Prazeres para melhorar. Eles o levam até o cruzamento com o Grilo novamente os seguindo. Quando na Carruagem do Cocheiro, Pinóquio encontra Espuleta, que lhe diz que a Ilha dos Prazeres é um "bem comum", onde os meninos podem ir à loucura, sem medo de repreensão de figuras de autoridade. O Cocheiro chega ao litoral, onde os meninos zarpam em um barco que os levará para a ilha.

Ilha dos Prazeres[]

Enquanto os meninos se divertem na Ilha dos Prazeres, o Cocheiro ordena seus capangas a fecharem as portas, trancando os meninos lá. Mais tarde naquela noite, o Grilo procura por Pinóquio. Ele finalmente o encontra jogando sinuca com Espuleta, que zomba por Pinóquio receber ordens de um grilo e ri do Grilo, atirando-o na calha da piscina. O Grilo perde a paciência e vai embora (deixando de ser a consciência de Pinóquio). Ele rasteja sob a porta principal da feira e encontra o Cocheiro e seus capangas carregando burros em caixas que vão para as minas de sal e para o Circo. Um burro é capaz de falar, mas seu nome é Alexander. O Cocheiro joga Alexander em um grupo de burros que "ainda podem falar". O Grilo percebe que os burros são os mesmos meninos que foram para a Ilha dos Prazeres. Ele corre de volta para avisar Pinóquio. Voltando ao salão de bilhar, Espuleta, ainda rindo do Grilo, de repente lhe brotam orelhas de burro. Para pânico de Pinóquio, as orelhas são seguidas de um rabo. Quando o riso de Espuleta torna-se um zurro de burro, ele se olha no espelho e se apavora. Ele pede ajuda para Pinóquio, mas o menino de madeira só é capaz de olhar assustado. As últimas palavras de Espuleta são uma chamada desesperada a sua mãe antes que ele se transforme em um burro completo. O pânico de Pinóquio aumenta quando nele próprio brotam orelhas e um rabo, mas o Grilo chega a tempo de levá-lo a uma rota de fuga e, juntos, eles nadam para a costa do continente.

Na Barriga de Monstro[]

Pinóquio e o Grilo chegam na Oficina de Gepeto e veem que o velho entalhador sumiu, juntamente com o Fígaro e Cléo. Uma mensagem da Fada Azul informa a Pinóquio a localização de seu pai: em busca de seu filho, ele tinha sido engolido por Monstro, uma enorme baleia. Pinóquio resolve salvar Gepeto; embora o Grilo tente alertá-lo, ele acompanha o menino de madeira. Amarrando uma pedra em seu rabo de burro, Pinóquio mergulha para o fundo do mar e ele e Grilo começam sua busca por Monstro. Todas as criaturas do mar que eles perguntam fogem à simples menção do nome "Monstro", e nenhuma oferece qualquer ajuda.

Dentro da barriga da baleia, Gepeto está em um pequeno barco com Fígaro e Cléo. Eles não têm nada para comer; Gepeto tem medo, a menos se Monstro abrir a boca logo, de eles morrerem de fome. Monstro acorda de seu sono para a surpresa de um cardume de atum, que fogem para todas as direções; Pinóquio e sua consciência veem Monstro e aterrorizados tentam nadar para escapar; Pinóquio é engolido, mas o Grilo consegue escapar. Pinóquio encontra-se no barco de Gepeto, e surpreende o entalhador por suas orelhas burro e o rabo que é compensado por seu alívio ao ver seu filho. Gepeto lamenta não poder sair da baleia, que só abre a boca para comer. Entretanto, Pinóquio tem um plano; reunindo madeira, ele começa um incêndio, que faz com que Monstro espirre o barco para fora. O Grilo salta sobre eles. Furioso, Monstro persegue o barco e esmaga-o em pedaços com sua cauda. Pinóquio toma conta do seu pai e rema para um buraco em uma falésia. Monstro, enfurecido como sempre, continua a persegui-los. Pinóquio e Gepeto conseguem entrar no buraco da falésia e fazendo com que Monstro batesse nele. Gepeto, o Grilo, Fígaro e Cléo comemoram por estarem vivos, mas Pinóquio é visto flutuando de bruços em uma poça de profundidade, tendo aparentemente morrido tentando salvar seu pai.

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Na Oficina de Gepetto, o Grilo, Gepeto e os animais choram a morte de Pinóquio. No entanto, para salvar seu pai, Pinóquio provou a si mesmo; a Fada Azul, de longe, lhe concede vida, e ele se torna um menino de verdade. Enquanto os outros personagens comemoram, o Grilo, de pé no parapeito da janela, olha para a Estrela Cadente e agradece à Fada Azul. Como recompensa, a medalha de ouro que o declara uma "Consciência Oficial" aparece em sua frente.

Elenco[]

Dublagem brasileira[]

1940[]

Vozes adicionais:
Canções:
Créditos da dublagem brasileira de 1940:
  • Estúdio: Sonofilms
  • Direção: João de Barro
  • Tradução: Joracy Camargo
  • Direção Musical: João de Barro
  • Tradução Musical: Zacarias Yaconelli

1966[]

Canções:
Coro:
  • MPB4
  • Quarteto em Cy
Créditos da dublagem brasileira de 1966:

Personagens[]

Pinóquio: uma marionete que se torna viva graças a o pedido de Gepeto e para virar um menino de verdade tem que mostrar ser honesto.

Grilo Falante: um grilo viajante que se torna uma conciência para Pinóquio

Gepeto: É o dono na oficina

Primórdios[]

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o Título original do filme.

"Tomo a liberdade de chamar a sua atenção novamente para o uso da língua e da pronúncia... É uma obra cheia de episódios e apta a ser desenvolvida."
Lo Duca, em uma carta datada de 4 de julho de 1935

Está claro que Walt Disney estava ciente de Pinóquio muito antes de tomar a decisão de adaptá-lo para a animação; Roy E. Disney lembrou do tio lendo a história de Pinóquio para ele antes de dormir. No entanto, Disney parece não ter considerado-o para um longa, até que lhe foi sugerido por Ben Sharpsteen. Sra. K. Evers, uma amiga da família, sugeriu que fosse um curta-metragem, em uma carta de 8 de abril de 1935. Em suas férias na Europa, Disney conheceu Lo Duca, um jornalista italiano, que também estava entusiasmado que Disney fosse adaptá-lo, falando que ele era "digno de ser desenvolvido", numa carta de 4 de julho de 1935.

O título Pinóquio tinha sido registrado como um longa em maio de 1934. A história original de Collodi, Le Avventure di Pinocchio, apareceu pela primeira vez em forma de série em 1881, e foi publicado como livro em 1883. Uma tradução para o inglês da história foi publicada nos Estados Unidos em 1911. Walt Disney se apoderou da edição original italiana e diversas traduções em inglês do conto, e em 1937, Bianca Majolie, um membro do departamento de história, fez uma nova tradução. Uma peça de Yasha Frank, baseada na história original, foi publicada em 1939, mas realizada anteriormente; Disney divulgou um memorando em 9 de junho de 1937 recomendando que seus artistas fossem ver a peça, e considerassem-na como material para um longa. No entanto, devido à pressão de concluir Branca de Neve e os Sete Anões, reuniões de história de Pinóquio parecem não ter começado até 24 de março de 1938. O trabalho para a história de Bambi foi iniciado em 1937, antes do lançamento de Branca de Neve e os Sete Anões e mais cedo do que o de Pinóquio. Pensando que os personagens animais de Bambi fossem mais fáceis do que para animar o elenco predominantemente humano de Pinóquio, Disney supôs que Bambi fosse concluído primeiro. Em dezembro de 1937, no entanto, parecia que Pinóquio seria o primeiro a estar pronto para lançamento.

Produção[]

Desevolvimento da História[]

Acredita-se que Walt Disney mostrou menos entusiasmo nas reuniões de história de Pinóquio do que nas de Branca de Neve; ansioso para aumentar a potência de seu estúdio - que ele pretendia neste momento liberar, além de pequenos desenhos animados, dois ou mais longas ao ano - ele parecia ansioso para seguir para o estágio de animação, o mais rapidamente possível. Como resultado, a história foi dividida em duas seções: a primeira, composta por cenas introduzindo Pinóquio, Gepeto, Fígaro (nessa altura, um gato velho) e a Fada Azul, foi preparada em um formato de cena por cena. A animação começou no início de 1938. Só foi em fevereiro do mesmo ano em que Disney começou a mostrar mais interesse, descobrindo o potencial nas cenas com a baleia Monstro.

O Personagem de Pinóquio[]

Os homens da história acharam que a história original de Collodi fosse difícil de adaptar. Originalmente escrito em forma de série, a história foi, como resultado, episódica e precisou ser cortada consideravelmente, a fim de trabalhar no formato longa-metragem. O principal problema, no entanto, foi o protagonista; Pinóquio era um patife insolente, muitas vezes culpado de crueldade na história original. Seu corpo de madeira, certamente o torna um personagem ainda menos simpático com o público. Nos tratamentos iniciais da história para o filme, Pinóquio mantém a sua malícia, em um ponto prendendo o rabo de Fígaro. Ênfase também foi colocada no corpo do menino de madeira, como ele foi provocado por sua aparência pelos meninos, e cheirado por um cão curioso, no caminho para a escola. Como a animação já tinha, por esta altura, começado, mas nenhuma voz ainda não tinha sido encontrada, os animadores Frank Thomas e Ollie Johnston trabalharam a partir da voz acelerada do homem da história Ted Sears, concebido como uma medida temporária. No entanto, Disney ainda estava infeliz com o personagem de Pinóquio, e interrompeu a produção até que uma solução pudesse ser encontrada. O grau de humanidade do boneco vivo ainda não havia sido determinado e nem aperfeiçoado. No início de abril de 1938, cenas com outros personagens haviam sido escritas e estavam sendo animadas.

Apesar de Fred Moore ter tentado desenhar Pinóquio de uma forma mais atraente, foi Milt Kahl que foi responsável por redesenhar o personagem. Kahl aproximou o personagem como se ele fosse um garoto comum, ao invés de um boneco de madeira; as articulações e as unhas puderam simplesmente ser desenhadas mais tarde. A pedido de Hamilton Luske, Kahl ilustrou suas ideias animando a cena em que Pinóquio mergulha no mar em busca de Monstro e Gepeto. O menino de madeira tornou-se menos mau e mais indiferente, vagando inocentemente no mundo hostil que o aguardava. Embora o próprio Disney tenha achado isto para ser uma excelente ideia, dando o seu aval para a animação da cena de abertura é para ser continuado em setembro, alguns tinham dúvidas, incluindo Wilfred Jackson, que mais tarde iria admitir que a mudança havia removido "as entranhas de toda a história"; como um Pinóquio mais humano em sua forma de boneco fez sua transformação em um menino de verdade menos gratificante.

Design[]

Desenhistas de Inspiração[]

Tal como aconteceu com Branca de Neve e os Sete Anões, Albert Hurter fez o design dos personagens, objetos e locais de destaque em Pinóquio, e foi responsável pelo estilo geral do filme. A influência de Hurter é particularmente evidente nas cenas na Oficina de Gepeto, em que quase todos os objetos foram desenhados para se parecer com um rosto ou uma criatura de algum tipo; cada objeto na oficina foi desenhado por Hurter, depois realizados como um modelo tridimensional.

No entanto, o desenhista de inspiração cujo estilo é talvez o mais predominante no final do filme foi Gustaf Tenggren, que já teve seu nome como ilustrador antes de entrar no estúdio em 1936. Tenggren reforçou a influência da Ilustração Europeia no filme (já tendo atuado como sucessor de John Bauer para a revista Bland Tomar och Troll); ele também manteve os arquivos e entalhes de alguns pintores americanos (como Thomas Hart Benton, Grant Wood e Edward Hopper) e filmagens de filmes Hollywoodianos. Estas influências podem ser vistas em desenhos inspiradores de Tenggren para o filme, em que a composição é feita por um efeito dinâmico chamado "lente olho de peixe", onde a profundidade é enfatizada pelo exagero da perspectiva, e os valores e os edifícios são caracterizados por bordas afiadas e imaculadas. Durante seu tempo no estúdio, Tenggren não se socializou com os outros artistas e animadores, que sentíram que o talentoso artista era orgulhoso demais para querer comprometer o estilo do filme. Tenggren deixou o estúdio um ano antes do lançamento do filme e, controversamente, não recebeu nenhum crédito para o filme; apesar disso, ele é considerado geralmente (com a possível exceção de Mary Blair) o artista mais influente no estilo visual de filmes da Disney.

O Departamento de Modelo de Personagens[]

Joe Grant tinha desenhado tanto a Rainha quanto seu alter-ego, a Bruxa, e tinha sido responsável, juntamente com Wlliam Cottrell, pelas cenas de ambas as personagens em Branca de Neve e os Sete Anões. Durante a produção de Branca de Neve, vários modelos bruto - incluindo armações dos anões e uma cabeça de plasticina de Branca de Neve - foram construídos como referência para os animadores. O modelo mais detalhado de Grant de plasticina da Bruxa não passou despercebido por Walt Disney, que, ao passar por ele em um corredor do estúdio, pediu-lhe para "criar um pequeno departamento": um "ministério" que seria responsável pela concepção e construção de modelos para uso dos animadores e de seus assistentes. Curiosamente, Disney não incluiu Cottrell na sua proposta; pensa-se que separar o time de Grant e de Cottrell foi concebido como uma reafirmação do poder de Disney.

Na criação do Departamento de Modelo de Personagens, Grant recrutou os melhores artistas do estúdio; ao longo dos anos, o departamento incluiu Jack Miller, Bob Jones, Martin Provenson, Campbell Grant, John Wallbridge, Fini Rudiger, Tom Codrick, Mary Blair, Aurelius Battaglia, James Bodrero, Kay Nielsen, Albert Hurter, entre outros. A maioria dos artistas produziram esboços e chapas de modelo. Por sugestão de Disney, os modelos tridimensionais foram construídos. Charles Christadoro, Ted Kline, Lorna Soderstrom e Duke Russell foram responsáveis por esculpir os modelos em argila; esses modelos foram então queimados em um forno no quintal do próprio Grant e pintado por mulheres do Departamento de Tinta e Pintura, incluindo Helen Nervobig. Os modelos foram construídos de cada personagem, incluindo Pinóquio como marionete, bem como a Caravana de Stromboli, a Carruagem do Cocheiro e todos os Brinquedos e Relógios de Gepeto. Muitas chapas de modelo foram produzidas também com projetos para os peixes que Pinóquio encontra no mar. Os artistas do Departamento de Modelo de Personagens também foram responsáveis pelo desenvolvimento de ideias, e estavam pesadamente envolvidos com o desenvolvimento da história de Pinóquio e muitos dos segmentos de Fantasia.

Depois de Disney, Grant era o homem mais poderoso no estúdio durante a produção de Pinóquio e Fantasia; ele estava cada vez mais confiante para tomar decisões criativas e estava determinado a "apelar para Walt para estimulá-lo e levantar (ele mesmo) em sua estima". Todos os desenhos e as chapas de modelo tiveram que por carimbadas com 'O.K. J.G.' (indicando a aprovação de Grant do projeto) antes de serem usadas pelos animadores. Os animadores não respeitaram o Departamento de Modelo de Personagens com carinho, muitas vezes com raiva, tanto no aumento da atenção de Walt nisso quanto aquilo que eles acreditavam ser muito pouco esforço colocado sobre parte dos artistas, "que poderiam sentar e assobiar e fazer uma coisa bonita sem muito esforço". O departamento de Grant, correspondentemente, viu os animadores como "cem por cento caipiras". O desprezo demonstrado por cada grupo para com os outros aumentou a construção do caro novo estúdio de Burbank, que colocou o Departamento de Modelo de Personagens no terceiro andar (perto do escritório de Disney) e os animadores, no primeiro.

A Biblioteca do Disney Studios[]

Durante a produção de Branca de Neve e os Sete Anões, Walt Disney havia comprado cerca de 700 livros de vários países da Europa, considerando as suas ilustrações (por ilustradores famosos, como Arthur Rackham e Gustave Doré) úteis no desenvolvimento visual de seus desenhos e longas. A influência da ilustração Europeia aparece não só em Branca de Neve e Pinóquio, mas também, mais tarde, em Fantasia; embora Disney não fosse conhecedor de arte, os outros no estúdio, em particular Grant e Albert Hurter, eram, e foram responsáveis por muitas das influências encontradas em filmes como Pinóquio. Gustaf Tenggren também havia sido contratado por causa de seu conhecimento sobre ilustração europeia, e a maneira pela qual ele incorporou-a em sua própria arte; Tenggren era um ilustrador e havia sucedido John Bauer como ilustrador da revista sueca anual Bland Tomtar och Troll; seu estilo é fortemente reminiscente de Bauer em particular.

Outro ilustrador cuja obra influenciou fortemente o design de Pinóquio foi Gustave Doré. A intensidade de preparação para o teatro e satíras grotescas de muitas das ilustrações de Doré (das quais a arte do ilustrador para a Divina Comédia de Dante, a Bíblia, Dom Quixote e Cervantes são mais conhecidas) foram adequadas para o estilo visual de Pinóquio. O trabalho de Doré era conhecido por todos os artistas da Disney, e inúmeras cópias de A Divina Comédia e Paraíso Perdido podem ser encontradas no Biblioteca do Disney Studios. O uso de sombras e uma paleta escura nas seqüências da Ilha dos Prazeres são particularmente reminescentes das trevas planejadas encontradas na grande parte dos trabalhos de Doré. Como o Inferno de Dore (em ilustrações de o Inferno de Dante), a Ilha dos Prazeres é cercada por água, tem moradores infernais e tem uma paisagem rochosa e estéril.

Recepção e Reação Crítica[]

Pinocchio 1992 Re-Release Poster

pôster relançamento 1992.

Após o seu laçamento em 1940, Pinóquio não foi bem sucedido financeiramente. Foi pensado por muitos para ser um filme muito sombrio para o público familiar. Embora existam elementos sombrios em Branca de Neve e os Sete Anões, essas forças do mal são derrotadas no clímax do filme; em comparação, quatro dos vilões de Pinóquio (João Honesto, Gideão, o Cocheiro e Stromboli) continuam suas ações impunes. É considerado por alguns que a utilização de vários vilões no filme é um reflexo da complexidade da Depressão (após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos filmes da Disney seria caracterizada por um vilão único). Também pensa-se que os temas sombrios do filme são um resultado de fontes europeias no filme, especialmente a história original de Collodi (as trevas do que Disney, no entanto, tentou diminuir em sua adaptação) e uma mise en scène fortemente influenciada pelo expressionismo alemão. Seqüências intensas, como Stromboli aprisionando Pinóquio, a transformação de Espuleta e as cenas de Monstro, foram consideradas particularmente assustadoras para o público jovem. Talvez o mais importante, a Segunda Guerra Mundial havia cortado o mercado europeu da Disney, impedindo a exposição de Pinóquio (e, mais tarde nesse ano, Fantasia) na Europa. Especula-se que este corte de um público que pode ter sido mais apto a aceitar o filme do que os americanos, deve-se porque o filme tem forte influência europeia.

Apesar de não ser um sucesso comercial, o filme continua a ser o mais aclamado de todos os longas de animação da Disney. Archer Winsten, que tinha sido o crítico de Branca de Neve e os Sete Anões, foi só elogios com Pinóquio. A revisão da The New Yorker foi igualmente positiva, argumentando que "convém-nos a colocar Pinóquio em nossos corações com gratidão e prazer". Enquanto muitos públicos reclamaram da ausência de um romance, alguns críticos elogiaram o filme por ficar longe de mais do sentimentalismo. Richard Mallett (Punch) escreveu: "É melhor do que Branca de Neve e os Sete Anões? Eu acho que é muito melhor, sem mas (pelo menos um crítico disse), mas em parte devido à ausência de tanto sentimento consciente e encanto". O filme também é considerado o longa mais brilhante tecnicamente na categoria Clássicos Disney.


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